domingo, 28 de junho de 2009

UGT DEFENDE MP 458 – REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL

VÍDEO SOBRE...

TV UGT - IDÉIAS EM DEBATE



UGT DEFENDE MP 458 – REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL



É incompreensível que algumas vozes tenham se levantado contra a aprovação definitiva da medida provisória 458, já transitada pelo Senado. Ela nada mais faz do que o necessário regramento para que se estabeleça o direito de propriedade, mediante alienação, ou a concessão de direito de uso real sobre ocupações existentes em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal.


De forma criteriosa, mas pragmática no contexto do atual quadro existente, a regularização fundiária tal como proposta é passo fundamental para que o Estado materialize sua presença naquele território, ainda amorfo quanto à demarcação institucional de direitos e obrigações.


Nesse sentido, a definição legal das propriedades ou dos direitos de uso real, mediante georreferenciamento ao Sistema Geodésico Brasileiro, abrirá a perspectiva de um maior engajamento dos ocupantes na defesa civil ou militar sobre as terras regularizadas. Por aí, além de fortalecer a afirmação da soberania nacional sobre as mesmas, também permitirá individualizar responsáveis pelo desrespeito às leis ambientais, neutralizando acusações territoriais genéricas que servem aos interesses depreciativos do agronegócio brasileiro na Amazônia Legal, com conseqüente desestímulo à geração de empregos na região.

A MP 458 se limita a regularizar áreas de no máximo 1.500 hectares, somente a pessoas físicas que já as ocupavam, de forma mansa e pacifica, com a prática de cultura efetiva anteriormente a dezembro de 2004. Mais ainda, só regularizará áreas onde os ocupantes sejam brasileiros natos ou naturalizados, excluídos os que possuam outro imóvel rural em qualquer parte do território nacional.


Nestas circunstâncias, atentar contra esta medida provisória, procurando desqualificá-la como se fosse uma medida de interesse de grileiros é, no mínimo, manifestação de ignorância, senão de absoluta leviandade.


Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores - UGT

domingo, 14 de junho de 2009

PROPOSTA DE ESTUDO PARA INTEGRAÇÃO DO TRANSPORTE INTERMUNICIPAL ENTRE JOÃO PESSOA-CAMPINA GRANDE-COMPARTIMENTO DA BORBOREMA...


VÍDEOS INTERESANTES



ESTUDO PARA INTEGRAÇÃO DO TRANSPORTE INTERMUNICIPAL ENTRE JOÃO PESSOA-CAMPINA GRANDE-COMPARTIMENTO DA BORBOREMA...

“Criando Também, os "Polos de Seccionamento", das "Micro-Regionais", de Patos, Sousa , Cajazeiras”, entre outros...


Ressalto aqui a necessidade do Governo do Estado da Paraíba, através Departamento de Estradas e Rodagem (DER/PB), de se criar o Sistema de Integração do Transporte Intermunicipal entre João Pessoa - Campina Grande - Compartimento da Borborema ( que compreende 23 municípios)...


E como também, entre João Pessoa- Guarabira e João Pessoa- Itabaiana... Dentro dos preceitos da Integração Metropolitana do transporte coletivo urbano de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Conde e Alhandra...


Aonde, certamente, trará benefícios sócio-econômicos para milhares de usuários deste segmento de transporte Intermunicipal.

Com a Integração, o usuário pagará a metade do valor da passagem sempre na segunda viagem...

Através do “Cartão Integra Bem”.


Para participar da “Integração Intermunicipal”, o usuário tem que possuir o cartão “Integra Bem”... Que pode ser adquirido nas “Agências Permissionárias Intermunicipais”... Legalmente( através de processo licitatório ), inseridas dentro do Sistema Intermunicipal do Estado da Paraíba, dirigido pela “Diretoria de Transporte” do “Departamento de Estradas e Rodagem (DER/PB).Caberá ao Departamento de Estradas e Rodagem, através da Diretoria de Transporte, regulamentar e dimensionar a “Demanda” desta pressuposta “Integração do Transporte Intermunicipal”...

Entre João Pessoa - Campina Grande - Compartimento da Borborema ( que compreende 23 municípios)...E como também, entre João Pessoa- Guarabira e João Pessoa- Itabaiana...Criando Também, os "Polos de Seccionamenro", das "Micro-Regionais"...De Patos, Sousa e Cajazeiras...Entre outros...

Seria importante que o Governo do Estado da Paraíba, através da sua Secretaria de Comunicação Social (Secom), destacar os benefícios que o sistema traria para todos aos usuários deste “Transporte Intermunicipal”... Mostrando aos “Empreendedores”, das cidades consideradas “Pólos” (João Pessoa, Campina Grande, entre outras)... A contratarem “Empregados” de outras localidades circunvizinhas, com “Valores de Passagens”, com um menor custo...

Ou até mesmo, Funcionários Públicos, Municipais, Estaduais e Federal... Que, por interesse socioeconômica não queira residir no município aonde trabalha...

P.S:(Pós Escrito):


De fato algumas Empresas Permissionárias do Estado da Paraíba, como por exemplo, Guanabara, Real Bus, Transnorte, Boa Virgem, entre outras...Extra-oficial, já usam desta modalidade... Na segunda viagem, ou seja, na vinda do interior...Só se paga a metade da “Passagem”...


Sendo assim, cabe, o Estado da Paraíba, através da Diretoria de Transporte do DER/PB...Oficializar...E divulgar através da Mídia Falada, Escrita e Televisionada...Para que toda a sociedade Paraibana tenha conhecimento deste “Sistema de Integração do Transporte Intermunicipal entre João Pessoa - Campina Grande - Compartimento da Borborema ( que compreende 23 municípios)...E como também, entre João Pessoa- Guarabira e João Pessoa- Itabaiana”... Criando Também, os "Polos de Seccionamenro", das "Micro-Regionais"...De Patos, Sousa e Cajazeiras...Entre outros...

E/ou então se legalizar o “TRANSPORTE ALTERNATIVO”... Pois, já existe tramitando na Assembléia Legislativa da Paraíba...Desde do final da década de 1990 e início da década de 2000...Projeto de lei com este objetivo. A aprovação desse projeto só trará benefícios para a sociedade, como:


O Estado, através do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PB), aumentará substancialmente a arrecadação referente a taxa de fiscalização, que varia de 2% de até 70% do aproveitamento da bancada de cada veículo.


O passageiro terá um transporte mais eficiente e seguro, já que o transporte alternativo regulamentado pelo Estado,terá leis específicas e fiscalização que vão exigir desse serviço segurança para os seus usuários.


Serão também contempladas as atuais permissionárias intermunicipais do Estado da Paraíba , pois estes transportes serão integrados no sistema de transporte intermunicipal, desenvolvendo com mais eficiência as linhas microregionais do Estado, já que as atuais empresas exploram estas áreas não conseguem atender a demanda dessas regiões, deixando a desejar a qualidade de seus serviços.A aprovação desse projeto, obviamente, descentralizará o sistema de transporte intermunicipal do domínio de uma minoria,ampliando esse mercado aos diversos segmentos socioeconômico que queiram investir no mesmo, gerando emprego e renda para inúmeros paraibanos.


Após a aprovação desse transporte, caberá ao DER, através da Diretoria de Transporte, regulamentar e dimensionar a implantação do projeto dos alternativos, designando os setores regionais – João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Itabaiana, Patos, Souza e Cajazeiras – Para a execução do projeto e, caso seja necessário, criando outros setores de fiscalização nas rodoviárias com o remanejamento de servidores de residências rodoviárias (Sapé, Solânea, Sumé e Itaporanga). Para isso é preciso se estabelecer critérios como:


• Cada permissionária de Transporte Alternativo só poderá operar dentro de sua micro-região, não extrapolando o percurso de 50Km.


• O DER, através da Diretoria de Transportes, determinará os quantitativos de linha e horário por microrregião e • Para controle e preenchimento das vagas que as permissionárias desejam explorar o DER deve realizar licitação pública.


Sugestões sobre transportes alternativos:


Sugestões que servirão de subsídios para o projeto de transportes alternativos, que está em discussão na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba.


Já é público e notório, o transporte alternativo no estado, de “Fato”e não de “Direito”; existe de uma forma irregular, insegura e clandestina.


Caso Seja mesmo aprovado o projeto dos alternativos, só trará benefícios para todos; pois, vejamos:


• O Estado:

Através do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/PB), órgão gerenciador dos transportes intermunicipais, aumentará substancialmente a arrecadação referente a taxa de fiscalização (2% de até 70% da bancada do veículo), segundo, regulamento dos transportes intermunicipais vigente.


O passageiro:

Terá um transporte mais eficiente e seguro, pois, o transporte alternativo que já existe, é inseguro por ser feito de forma irregular sem controle, disciplinamento e sem uma regulamentação por parte do Estado. Portanto, com a regulamentação do Transporte Alternativo, como se sabe, que funciona de forma irregular, insegura, que transporta passageiro, em alguns casos em veículos abertos (camionetas) como excesso de passageiros e cargas; vendo a hora acidentes de grandes proporções.

• O Transporte Alternativo:

Será o grande beneficiado com a regulamentação deste transporte, pois, será inserido no contexto dos transportes intermunicipais do estado da Paraíba.• As Atuais Permissionárias Intermunicipais do Estado da Paraíba:

Serão também contempladas com imensuráveis benefícios, pois, com aprovação deste Projeto dos Alternativos, terá uma melhor integração do sistema de transporte intermunicipal, devido aos “Alternativos”, alimentar mais eficientemente os pólos (seccionamentos) microregionais do Estado.


Deve-se lembrar que as atuiais empresas permissionárias, segundo se sabe, não atendem satisfatoriamente as demandas Microregionais em “Linhas e Horários”.-Na Regulamentação e dimensionamento deste transporte alternativo, deve-se estabelecer critérios, como:


1-Por Microrregião:


Cada permissionária (transporte alternativo) só poderá operar dentro da sua microrregião; não podendo extrapolar o percurso de 50 km.

2- O Departamento de Estradas de Rodagem:


Através da Diretoria de Transportes, deverá determinar: Os quantitativos de linhas e horários por microrregião.

3- Licitação Pública:


Com certeza, a procura vai ser grande para habilitasse a esta modalidade de transporte alternativo. Deve-se realizar “Licitação Pública”, para preenchimento das vagas permissionárias ou concessionárias, que por ventura vão existirem.

Em suma, só assim, combaterá o “Transporte Intermunicipal do Estado da Paraíba, da sua“Clandestinidade”...


PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA(PB), 10.05.2009

CONTATOS:

E-mail(s): pedrossjp@gmail.com

Celular: ( 83 ) 99873655

sábado, 13 de junho de 2009

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:“ANTES E DEPOIS DE LULA”



VÍDEO SOBRE...
PAC: Programa de Aceleração do Crescimento
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:“ANTES E DEPOIS DE LULA”


A Historia Geral de total civilização humana foi demarcada por : Antes de Cristo (a.C) e Depois de Cristo (d.C). Quer seja na Política, na Ciência, na Filosofia, na Economia e na Religião... Isto, sobretudo, no Mundo ocidental, que é essencialmente cristão. É importante destacar as participações de personagens expoentes que tantos influenciaram o mundo político-filosófico-econômico-cultural de toda a civilização humana, desde de antes de Cristo até mesmo a nossa Idade Contemporânea... Gosto de citar além de Tales de Mileto, o primeiro filósofo de toda História da humanidade, que no séc.VI ª C, através de um dos seus tratados disse: Tudo vem da água, tudo possui água. A inexistência da água, traz consigo a inexistência dos seres. Ela é a primeira substancia que origina os seres...

Aristóteles, nascido em Estagira na Grécia antiga em 384 ª C., conviveu com Platão durante vinte anos. Sua reconhecida capacidade intelectual fez dele o mestre de Alexandre da Macedônia. Em sua vasta obra, que se tornou um marco do pensamento ocidental, Aristóteles tratou dos mais variados temas: Metafísica, Lógica, Política, Ética, etc. Afora o filósofo Ateniense Sócrates, que conviveu com os sofistas, debatendo com eles e discordando das suas afirmações. Sócrates terminou sendo condenado à morte em 399 ª C, por razões políticas.

Já depois de Cristo (d.C), tivemos Nicolau Maquiavel (1469-1527), que merece destaque, tanto pelas as reflexões políticas feitas em o Príncipe, que o governante pode agir com autoritarismo para manter-se no poder. Além de suas contribuições para o pensamento político moderno, Maquiavel formulou reflexões importantes para a analise da Historia.


Outros que trouxeram reflexões exponenciais para a humanidade contemporânea, foi o alemão Karl Marx (1818-1883) e seu amigo Friedrich Engels (1820-1895), inauguraram uma nova maneira de refletir sobre a sociedade moderna. O socialismo Marxista ou cientifico, via no rompimento com a ordem capitalista o único meio possível para acabar com as desigualdades sociais. O manifesto comunista, publicado em 1848 na França, convoca os trabalhadores para a revolução...



Entretanto, o que estamos vivendo aqui e agora (julho/2003) no Brasil, no governo do Presidente Luiz Inácio lula da Silva, está sendo uma verdadeira revolução na politica-econômica-social e cultural do nosso querido Brasil. Não só pelas as reformas tributárias e previdenciárias, que estão em curso, e que são extremamente urgentes e essenciais, no intuito de termos num futuro próximo, mais justiça social e igualdade regional neste gigante Brasil, pois no Brasil existem diversos Brasis dentro do próprio Brasil, formado pelo “separatismo regional”, isto, conscientemente e/ou inconscientemente, devido à existência de diferentes etnias culturais.



Não precisa ser nem um expert em geopolítica, para vê a olho nu, com toda nitidez, que o governo Lula está bem intencionado, mesmo com desgaste político (até mesmo dentro do seu partido o PT), mas, mesmo assim, não arreda o pé das questionadas reformas tributarias e previdenciárias. Pois sem elas, será impossível à governabilidade do Brasil. Além do que teve a coragem cívica de atacar o poder judiciário, chamando-o de “caixa preta” da impunidade no Brasil, que acarreta toda mazela ao Serviço Publico e Privado no Brasil, afora ao descumprimento em parte do código civil e penal brasileiro, pois no Brasil, só tem punição para “ladrão de galinha”., não tendo, como se sabe, punição para ladrão do “colarinho branco”, que acarretou, indubitavelmente, este estado de corrupção.



Agora nasce uma grande perspectiva de erradicação da corrupção nas ações da secretaria da controladoria da União (corregedoria geral da união), através deste grande estadista brasileiro, que é Valdir Pires, que certamente vai combater todo tipo de corrupção, não só nas prefeituras Municipais Brasileiras, e como também, em todos os órgãos da administração direta e indireta do serviço publico brasileiro, na fiscalização da aplicação das verbas publicas, carreada para este fim.


Em se falando do governo Lula, não se pode esquecer do programa “Fome Zero”, que sem sombra de dúvida, será um dos programas mais avançados no combate não só a fome e principalmente, a miserabilidade de uma grande massa da população brasileira, pois, “não só de Pão vive o homem”, no mínimo, precisa de moradia e da inclusão social. Entretanto, para isto acontecer um dia, não basta só dar o peixe, é preciso a ensinar a pescar. Para que este mencionado excluído segmento, se insira no mercado de trabalho, para que eles (os excluídos), tenham com toda plenitude o direito a sua cidadania, no cumprimento de seus deveres e resgate dos seus direitos. Só assim, teremos um Brasil mais justo e próspero.



Enfim, se realmente essas ações de combate à corrupção e ao combate a fome e a miserabilidade dos excluídos, que é a grande maioria dos brasileiros, se vier acontecer um dia de fato e de direito (e acredito que sim), finalmente sairemos desse Mundo subdesenvolvido Político-Econômico-Social e entraremos no considerado Primeiro Mundo. Isto certamente, Historicamente, demarcará o Brasil, antes (ª.L) e depois (d.L) de Lula...



ARTIGO ESCRITOR POR
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JUNHO/2003



sexta-feira, 12 de junho de 2009

AIR FRANCE SUBSTITUIRÁ SENSORES, DIZ SINDICATO




AIR FRANCE SUBSTITUIRÁ SENSORES, DIZ SINDICATO

PARIS (Reuters) - A Air France anunciou que todos os seus aviões Airbus para voos de longa distância serão equipados imediatamente com novos sensores de velocidade, depois do desastre da semana passada na rota Rio-Paris, disse um sindicato de pilotos da França nesta terça-feira.

Os chamados tubos de Pitot, que medem a velocidade, se tornaram o foco da investigação sobre o acidente devido a mensagens que apontaram dados "inconsistentes" nas medições passadas aos pilotos, o que pode ter causado o acidente em meio a uma tempestade.

Um sindicato menor de pilotos da Air France pediu a seus membros que parem de voar com os Airbus A330 e A340 até que os sensores antigos sejam substituídos. A companhia se comprometeu fazer a troca rapidamente, de acordo com o outro sindicato.

"A Air France nos ofereceu um programa de substituição extremamente proativo e muito acelerado", disse Erick Derivry, porta-voz do sindicato dos pilotos SNPL.

"A partir de hoje, todos os voos da Air France com A330 e A340 usarão aviões equipados com pelo menos dois novos sensores (num total de três)", disse ele à rádio France Info.

A Air France, que opera 19 A340 e 15 A330, não comentou a informação do sindicato.

O acidente da semana passada sobre o Atlântico matou todos os 228 ocupantes do avião. Na segunda-feira, a Força Aérea e a Marinha do Brasil anunciaram que 24 corpos e vários destroços já foram resgatados.

O A330 enviou 24 mensagens automáticas em seus minutos finais de voo, detalhando uma rápida série de falhas de sistemas.

O pequeno sindicato Alter, que representa apenas 15 pilotos da Air France, disse em nota que a primeira mensagem apontava um problema nos tubos de Pitot - pequenos equipamentos presos à fuselagem que avaliam a velocidade do avião medindo a pressão do ar sobre a fuselagem.

A agência francesa de investigação de acidentes aéreos disse que é cedo para apontar a causa do desastre, mas admitiu que aparentemente houve problemas com a leitura de velocidades da aeronave.

Há especulações de que os sensores teriam congelado, gerando dados errados que poderiam ter confundido os computadores de bordo e os pilotos.

A Air France disse no fim de semana que há mais de um ano notou um problema de congelamento dos sensores de velocidade e pediu uma solução à Airbus, que respondeu reafirmando seus procedimentos operacionais atuais, segundo nota divulgada no sábado pela Air France.

A empresa disse que testes posteriores a convenceram de que sensores desenvolvidos para outros modelos seriam mais eficientes e deveriam ser instalados nos Airbus a partir de 27 de abril.

O avião que caiu no oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo no domingo ainda não havia sido modificado. A Airbus não se manifestou sobre a nota da Air France.

No Brasil, a TAM informou que desde 2007 vem realizando a troca dos sensores de velocidade de seus aviões Airbus A330, após ter recebido uma notificação da fabricante de aeronaves.


A companhia área disse que todos os seus aviões do modelo já foram modificados. Segundo dados da Airbus, a TAM opera 16 aviões A33-200, o mesmo modelo que caiu no domingo.

(Reportagem adicional de Jean-Baptiste Vey e Peter Maushagen)

FONTE : O GLOBO

Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

segunda-feira, 8 de junho de 2009

UGT SERÁ TERCEIRA MAIOR CENTRAL DO PAÍS


VÍDEO SOBRE...



Clip 1 - Seminário Nacional da UGT -
100 anos do Movimento Sindical no Brasil





UGT SERÁ TERCEIRA MAIOR CENTRAL DO PAÍS


Fusão entre três centrais sindicais dá origem à Uniião Geral dos Trabalhadores; nova central pode representar até 8 milhões de trabalhadores A União Geral dos Trabalhadores (UGT) foi criada na tarde desta quinta-feira (19), em um congresso com cerca de 2.500 sindicalistas, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP). A nova entidade é fruto da unificação de três centrais sindicais brasileiras — a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a Central Autônoma de Trabalhadores (CAT) e Social Democracia Sindical (SDS).

Com a fusão, o número de centrais no país passa de oito para seis. A UGT calcula que poderá representar cerca de 8 milhões de trabalhadores. Trata-se da terceira maior central do país, atrás apenas da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical.

Um grupo dissidente da Força, liderada pelo presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, vai participar da UGT. Seu nome será homologado como presidente da nova central, que terá oito cargos de vice-presidente e nove secretarias. Patah afirma que a UGT contará entre 700 e mil entidades filiadas até o fim do ano. Hoje, SDS, CGT e CAT somam, oficialmente, 361.

Além das centrais que se fundiram, a UGT reúne mais três confederações nacionais e dois deputados. A Associação Nacional das Famílias dos Trabalhadores no Exterior (Anfate), fundada recentemente e presidida por Roberto Toyokatsu Akiyama, é outra força que deve filiar à central. ]

A FUNDAÇÃO

O congresso de fundação vai até sábado (21). O ato de abertura teve a presença do governador paulista, José Serra (PSDB), do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e dos ministros da Previdência, Luiz Marinho (PT), e da Casa Civil da Presidência, Luiz Dulci (PT).

Diversos parentes de sindicalistas históricos (a maioria ligada ao antigo PCB) foram homenageados com placas de honra ao mérito. O congresso teve, ainda, a participação de representantes de partidos políticos — como Nivaldo Santana (PCdoB) e João Felício (PT) — e de outras centrais (CUT, CGTB, Nova Central Sindical e Força Sindical).

Como primeiro item em pauta, delegados aprovaram a criação da UGT por unanimidade. A nova central destaca em seu lema a luta por "justiça social, trabalho decente, reformas democráticas e desenvolvimento sustentável".

Segundo Ricardo Patah, a entidade tem como objetivo discutir questões sociais — como a situação de trabalhadores que atualmente vivem na informalidade. De acordo com o sindicalista, há 120 mil comerciários trabalhando na informalidade apenas na cidade de São Paulo.

REPERCUSSÃO

"A UGT nasce em um momento importante da vida do país", frisou o ministro Luiz Marinho, ex-presidente da CUT. "O Brasil passa por um processo de reestruturação do sindicalismo, que oxalá chegue também aos sindicatos".

Marinho agregou que "a UGT contribui de forma decisiva para o movimento sindical no país". Para ele, um dos tripés da democracia "é a democracia nas relações do trabalho. E estão errados aqueles que acham que as centrais e os sindicatos estão mais fracos porque hoje há menos greves".

No segundo dia de congresso da UGT, haverá três painéis temáticos — sobre "Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável", apresentado por membros do Greenpeace, "Segurança Pública como Fator de Cidadania", com participação do ministro da Justiça, Tarso Genro, e "Geração de Emprego e Distribuição de Renda", pelo economista Carlos Lessa.

FONTE:
BRASILDEFATO
(www.brasildefato.com.br)

sábado, 6 de junho de 2009

A NOVA CARA DO SINDICALISMO NO BRASIL




A NOVA CARA DO SINDICALISMO NO BRASIL

“Aquele que já foi um dos sindicalismos mais combativos nos anos 80 agora se defende dos ataques neoliberais. A tese da ascensão e queda do movimento sindical brasileiro cai por terra quando se analisam os últimos 20 anos de lutas entre capital e trabalho no país. O que se vê é um movimento que encontra seu lugar nas transformações que ocorrem em todo o mundo”
WALTER VENTURINI*



A visão da decadência do sindicalismo brasileiro vem amparada por vários elementos, desde a brutal redução do número de greves até a perda de conquistas importantes com a precarização do trabalho imposta pelo neoliberalismo no Brasil. É preciso voltar mais atrás no tempo para perceber que a história sindical brasileira é fora do comum.

Até o final dos anos 80 e mesmo no início dos 90, já com algumas dificuldades, o movimento sindical brasileiro cumpriu o papel de irradiador de conquistas sociais por todo o país. Metalúrgicos, bancários, petroleiros e funcionários públicos foram setores profissionais que marcaram época. Hoje, sua situação mudou. Os dois primeiros vitimados pelas transformações estruturais do mundo do trabalho e os dois últimos como alvo de uma política agressiva do governo neoliberal de FHC.

No fim dos anos 70 e início dos 80, as categorias mais mobilizadas davam o tom das lutas sindicais. Foi assim com as sucessivas políticas de indexação salarial, que uma vez conquistadas por categorias como metalúrgicos, bancários e petroleiros, logo terminaram se tornando regra geral para todos os assalariados. E foi assim também com todos os direitos inscritos na Carta Constitucional de 1988 a partir da pressão das categorias mais organizadas.

"As próprias centrais sindicais foram produto de um enorme investimento por parte deste núcleo mais dinâmico do sindicalismo e tiveram papel importantíssimo na organização de segmentos de trabalhadores sem tradição sindical", afirma o professor Álvaro Comin, do Departamento de Sociologia da USP e pesquisador do Cebrap. Ele acredita que esta capacidade de universalização de ganhos e direitos a partir dos mais organizados é que foi comprometida nesta década que termina. "Muitos sindicatos continuam fazendo das tripas coração para arrancar acordos razoáveis para seus representados e cada vez mais têm conseguido. Só que as conquistas obtidas no ABC ou entre os bancários, por exemplo, não têm a mesma capacidade de irradiação de antes e tendem a se restringir a um número muito limitado de trabalhadores", afirma Comin.

Metalúrgicos e bancários, dois setores importantes do sindicalismo, foram abatidos pelo desemprego. "Os metalúrgicos foram desempregados pela política de desindustrialização dos governos federais ao longo dos anos 90, e os bancários foram desempregados pelas compras, fusões e informatização", relata Armando Boito, professor do Departamento de Ciência Política da Unicamp. Foram fechados centenas de milhares de postos de trabalho nos bancos e na indústria ao longo desta década. Boito, autor do livro Política neoliberal e sindicalismo no Brasil (Editora Xamã), ressalta que a descentralização industrial é outro fator que influenciou o sindicalismo. "Veja-se o caso do Brasil, onde as montadoras estão abrindo ou ampliando instalações em regiões de pouca ou nenhuma tradição sindical. No curto prazo, isso debilita o sindicalismo. Atemoriza os metalúrgicos organizados do ABC e não cria focos novos de sindicalismo operário no Brasil. Porém, a julgar pela experiência da Volkswagen em Resende (estado do Rio), a luta sindical e grevista de metalúrgicos, a médio prazo, estará mais espalhada por todo o país", afirma o professor da Unicamp.

Além dos bancários e dos metalúrgicos, outro setor básico no sindicalismo brasileiro era o funcionalismo público. "Esse setor está ideologicamente derrotado. Os sucessivos governos neoliberais conseguiram apresentá-lo como um bando de ‘marajás’ ou de ‘parasitas’. Esses aspectos político e ideológico foram decisivos no caso do sindicalismo do setor público, que depende, mais do que o setor privado, de um certo apoio da opinião pública para conduzir com sucesso uma greve", analisa Boito, para quem a ideologia neoliberal isolou o servidor público dos usuários, ou voltou esse usuário contra o servidor. Para ele, esse fato representou um golpe para o sindicalismo dessa categoria e esse movimento entrou em refluxo.

Avaliação diferente tem Eduardo Nogueira, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos e autor do livro Entre a lei e a arbitrariedade: Mercado e relações de trabalho (Editora LPR). "O funcionalismo público tem mais capacidade de fazer greve neste momento porque é menor o risco de desemprego. Além disso, o setor público tem capacidade de causar um impacto social com suas greves porque é um prestador de serviços. Tem um impacto imediato na população porque o órgão prestador de serviço não pode estocar esse serviço".

Noronha ressalta que está havendo um crescimento do sindicalismo do setor público em todo o mundo, tanto pelo decréscimo do setor industrial como por um aumento efetivo dos empregos públicos. Mas, nos últimos anos, ele assinala que os salários do setor público cresceram menos do que os do setor privado. Noronha chega a dizer que, devido a essa evolução na capacidade de ação do funcionalismo público, existe a tendência de que os trabalhadores deste setor venham a ocupar os cargos principais dentro das centrais sindicais.

Outro fator que levou o sindicalismo brasileiro ao refluxo foi a repressão. Caso típico foi o da greve dos petroleiros em 1995, quando o governo FHC estrategicamente intensificou a repressão ao movimento. "A greve dos petroleiros é um marco dessa política", assinala Glauco Arbix, professor do Departamento de Sociologia da USP. "Os petroleiros não tinham sido atingidos pelo desemprego e não estavam ideologicamente desmoralizados frente à opinião pública. Tinham um sindicalismo forte. O governo, para dobrá-los, usou a repressão", lembra Armando Boito, ressaltando que, além da ocupação de refinarias com tropas do Exército – a repressão no sentido tradicional do termo –, o governo efetivou a perseguição legal dos sindicatos de petroleiros, com imposição de multas e outras represálias.

Refluxo ou volta à "normalidade"?

O processo de industrialização no Brasil propiciou o crescimento da classe trabalhadora. Esse crescimento estava "encoberto" pelo governo militar. "Politicamente, não se sabia a força latente do sindicalismo. Aquilo explodiu", avalia Eduardo Noronha. Ele entende que hoje o sindicalismo está em seu grau de atividade normal. "O sindicalismo fica frágil se comparado ao período de seu intenso crescimento, que é uma lente que distorce sua compreensão e que produz a concepção de que a perda de ação sindical parece ser muito maior do que realmente é". É de sua autoria um estudo em que o movimento sindical brasileiro é considerado o mais ativo no mundo na década de 80. O caso mais parecido com o nosso, de acordo com Noronha, foi o da Espanha, que passava pelo mesmo processo de transição.

O crescimento do sindicalismo brasileiro, num momento em que nos principais centros industriais do mundo as relações entre capital e trabalho iniciavam mudanças significativas, também é apontado por Glauco Arbix. "O Brasil foi exceção nos anos 80. No mundo inteiro, o movimento sindical estava batendo em retirada, enquanto no Brasil avançava monumentalmente. Mas nos anos 90, o Brasil entra em sintonia com o resto do mundo no que se refere ao declínio do movimento sindical", diz Arbix.

Esse processo de consolidação do movimento tinha ingredientes como a reconquista da cidadania dos trabalhadores. "O movimento começava no operariado e se ampliava com o apoio de toda a sociedade, que via as greves como um desafio ao governo autoritário", explica Eduardo Noronha. Chega-se ao ponto de categorias que não haviam se mobilizado no governo militar passarem a fazer greve no governo Sarney.

Se no final do regime militar a greve era a forma de se abrir negociações, ela passou, no decorrer dos anos, a se firmar como último recurso nas negociações, até se reduzir drasticamente com o desemprego. "Muitos dizem que existem menos greves hoje. Tento mostrar que, anteriormente, não se tinha espaço de negociação. Para ter acordos, era preciso haver enfrentamentos prévios. O MST hoje tem essas características: tem que ocupar, fazer o enfrentamento, para depois haver uma negociação", afirma Luiz Marinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. "As greves ocorrem quando os sindicatos percebem que ganharam poder. Os salários sempre estão baixos e hoje o principal elemento para se entender a situação do sindicalismo é o desemprego", ressalta Noronha.
"O que existe é um refluxo do movimento sindical, e não um declínio histórico irreversível. Esse refluxo tem como causa uma multiplicidade de fatores econômicos, políticos, ideológicos, nacionais e internacionais e não pode ser deduzido, por exemplo, das novas tecnologias, ou da fragmentação das classes trabalhadoras", afirma Armando Boito.

A lista de razões para o refluxo do movimento sindical é ampla: subcontratações e terceirizações, precarização dos vínculos de trabalho, internacionalização das redes produtivas, redução da classe operária, mudança na forma de organização das empresas, aumento do sindicalismo de classe média, com outra lógica de ação, e principalmente o desemprego.

O movimento sindical não estaria se adaptando aos "novos tempos" das mudanças? Para o professor Álvaro Comin, a resposta é não. "Tais efeitos, longe de serem colaterais ou produto da inadaptação dos sindicatos à ‘nova agenda’, estavam na base do redirecionamento global das políticas econômicas. A retomada do impulso de acumulação e de concentração dos grandes capitais exigiu, antes de mais nada, o acuamento das organizações de trabalhadores como condição para o deslanche das reformas liberalizantes, que de um modo geral se fazem às expensas de direitos sociais e trabalhistas", declara Comin.

No Brasil, o deslanche das reformas liberalizantes teve nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso sua maior expressão. "O governo FHC tem uma rejeição estratégica a negociar com o movimento sindical. É um governo que aniquilou estrategicamente organismos que tinham capacidade de pensar negociações, como as câmaras setoriais. Tudo que apareceu de novo com a reabertura política do país foi sendo lentamente asfixiado", afirma Glauco Arbix, autor do livro Uma aposta no futuro – Os primeiros anos da Câmara Setorial.
No Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o presidente Luiz Marinho sentiu na pele a estratégia do governo de rejeitar a negociação. "Collor e FHC rompem com o processo de institucionalização das relações do trabalho", afirma o sindicalista.
Vicente Paulo da Silva, que presidiu a Central Única dos Trabalhadores de 1994 até maio deste ano, percebeu, de posição privilegiada, o ataque do governo FHC contra o sindicalismo. "O governo percebeu que o sindicato era muito importante. O FHC melou essa importância para garantir a centralização do poder", fala Vicentinho. O que para Vicentinho foi um ato de melar a importância do sindicalismo brasileiro, para Comin tratava-se de romper com uma linha de conquistas de direitos da classe trabalhadora. "A reversão na tendência de crescimento do mercado de trabalho formal, que prevaleceu até a década de 80, não é um produto da natureza, mas sim da decisão política dos governos Collor e Fernando Henrique de romper com o longo processo de institucionalização das relações de trabalho e do direito social no Brasil", afirma.

O poder de fogo dos sindicatos foi reduzido aqui e também em países que vivem situações análogas, como a Argentina e o México. "É difícil acreditar que, quaisquer que tivessem sido as opções políticas dos sindicatos, seu poder de fogo tivesse sido preservado", afirma Álvaro Comin.

Novos parâmetros




O que fazer diante desse ataque é questão vital para as centrais sindicais. "As centrais sindicais ainda não se aperceberam inteiramente dessas mudanças. Muitas vezes, tentam agir com os mesmos parâmetros da década de 80", afirma Noronha, que também destaca o trabalho da imprensa naquela década, quando as mobilizações sindicais mereciam mais espaço nos noticiários. "Antes, a mídia fazia o trabalho das centrais, o sindicalismo estava em pauta", explica.

"Se com os governos civis houve um comportamento tão duro como no governo militar, percebemos a importância da formação e também introduzimos um novo tipo de sindicato, com uma ligação mais estreita com a sociedade: o sindicato-cidadão", explica Vicentinho para mostrar uma mudança na forma de atuação. Ele aponta também iniciativas em direção ao incentivo das cooperativas e empresas de autogestão, para as quais a CUT criou a Agência de Economia Solidária. "Vivemos um outro período, que só vamos perceber melhor daqui a uns cinco anos", concluiu o ex-presidente da CUT.

Logo após sua fundação, a Central Única dos Trabalhadores tinha 362 sindicatos filiados (1983). Em maio deste ano, a CUT contabilizava a filiação de 3.056 entidades de base, quase dez vezes mais. Mas nos últimos dez anos os efeitos das transformações aparecem. Em São Paulo, a base metalúrgica caiu de 400 mil para 170 mil trabalhadores. No ABC, a base do Sindicato dos Metalúrgicos se reduziu de 200 mil para 105 mil.

Álvaro Comin afirma que não é o caso de se isentar a CUT ou outras centrais da responsabilidade de produzir alternativas políticas e organizacionais, mas também não joga em suas costas uma responsabilidade que claramente lhes escapa sob vários pontos de vista. "Os sindicatos estão procurando manter espaço e influência através de iniciativas como formação profissional, ou buscando organizar trabalhadores informais. É ótimo que o façam, mas decididamente não é daí que vem o poder político que em parte perderam frente ao Estado e ao patronato", avalia Comin.

Outra estratégia

Nascida com o estigma de ser o contraponto da CUT, a Força Sindical parece ter se adaptado mais rapidamente às transformações do mundo do trabalho. Nos últimos anos, enquanto a CUT investia em curso de formação e reciclagem profissional, a Força também montava sua central de empregos e formação, além de uma entidade organizadora das atividades cooperativistas entre trabalhadores.

"A trajetória das políticas econômicas ao longo destes últimos dez anos foi de tal forma nociva ao assalariado, que nem mesmo uma central que sempre buscou o alinhamento com os governos de centro-direita, como a FS, pode se manter na posição de colaboração", analisa Comin. O pesquisador do Cebrap também acredita que, não sendo talhada para a contestação, não resta à Força Sindical muito espaço. Ele também não acredita que esta central ou suas lideranças venham a desaparecer, já que suas máquinas sindicais estão muito bem consolidadas.

Glauco Arbix tem outra visão: "Tanto a CUT como o PT desprezam o papel da Força Sindical, que ocupa a mídia e trabalha com parte significativa da imagem que os trabalhadores fazem do sindicalismo. Eles têm certo sucesso com o dinheiro que conseguem do FAT, com iniciativas como a Central de Emprego, quando milhares e milhares de pessoas procuram a Força Sindical em busca de assistência", afirma Arbix, que ressalta não defender a Força, mas acreditar que "o desprezo a ela leva a erros muito grandes". Ele diz que a CUT poderia ter uma atitude mais agressiva, do ponto de vista propositivo, em relação à Força Sindical, e lembra das jornadas conjuntas entre as duas centrais, em setembro do ano passado, quando houve greve nas montadoras do Brasil inteiro. "A Força Sindical ocupa um lugar extremamente importante no movimento sindical, antiCUT, antiPT, mas o Brasil é grande o suficiente para que haja espaço para uma central desse tipo".

Partido e sindicato

No processo de transformações do mundo do trabalho que ocorreu no Brasil, o PT foi elemento importante e até mesmo determinador de linhas de atuação do sindicalismo, como conta Arbix. Participando como observador do Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT em 1993, ele presenciou uma discussão sobre a necessidade da central elaborar propostas que acompanhassem as mudanças que ocorriam tanto no Brasil como no resto do mundo. "Num dado momento, um dos oradores disse que eles estariam ferrados se o Lula tivesse ganho a eleição em 1989 porque o movimento sindical não tinha propostas abrangentes", conta.
Para Arbix, muito mais do que as transformações nas relações de trabalho, foi o PT que incentivou o movimento sindical, principalmente a CUT, a se preparar para a possibilidade dos trabalhadores estarem no governo e terem de dar diretrizes para o país.

"A perspectiva de ser governo realçou vários pontos polêmicos da prática sindical. Ser governo significa ter o que dizer sobre uma série de coisas, como, por exemplo, a reestruturação produtiva. Os sindicatos não tinham uma postura crítica sobre essas questões", afirma Arbix. Para ele, a partir de então, os sindicatos passaram a ficar mais permeáveis à idéia de negociação.

Se Lula fosse eleito presidente da República, os sindicatos iriam ter um peso em questões como reestruturação produtiva, modernização industrial, introdução de novas tecnologias, ganhos de produtividade e outros pontos do que poderia ser uma nova agenda das relações entre trabalho e capital. "Eles não tinham elaboração para uma série de pontos e estavam sendo chamados a opinar. Nos anos 80, por exemplo, seria impossível para os sindicatos discutir a terceirização. A agenda sindical mudou e o peso da ação política foi muito importante", conclui Arbix.

O que pode estar por trás da mudança da agenda pode ser a percepção de uma nova postura do movimento sindical e de seu papel na sociedade. Não que o conflito entre capital e trabalho tenha sido extinto, mas que o sindicalismo brasileiro tenha cumprido a tarefa de abrir caminhos na época de transição da ditadura militar para um regime com mais liberdades civis, mesmo que com uma ação também ofensiva em relação aos trabalhadores. Em meio à ofensiva neoliberal, Armando Boito vê a greve dos servidores federais deste ano como um sinal de que o movimento sindical poderá surpreender a muitos com uma nova vitalidade. "O movimento sindical não se reerguerá sozinho. Assim como seu refluxo está inserido num quadro de refluxo do conjunto do movimento antiimperialista, popular e socialista, a sua recuperação depende também da recuperação de toda a esquerda socialista e antiimperialista", finaliza.

Já para Eduardo Noronha, "o sindicalismo brasileiro não poderia desempenhar mais aquele ‘papel heróico’ que tinha cumprido desde o final dos anos 70 até o fim do regime militar. Aquele processo tinha ingredientes como a reconquista da cidadania dos trabalhadores e havia uma simpatia de todas as classes. Muitas pessoas que não eram de esquerda apoiaram as greves naquela época" conta Noronha, que ressalta o contraste com a situação atual, quando uma manifestação na avenida Paulista pode provocar reações contrárias na opinião pública, preocupada com a circulação de veículos na cidade. "Hoje, o Brasil entra no caminho normal das democracias, e o sindicalismo, em seu papel de negociador nas relações de trabalho e não mais de vanguarda", analisa. Para Noronha, esse papel hoje é desempenhado parcialmente pelo MST, tanto na mídia como no imaginário popular, mas com um grau menor de simpatia. "Agora chegou a vez da área rural dizer que existe", conclui.
*Walter Venturini é jornalista.

Texto retirado do site:
http://www.fpabramo.org.br


















IMPOSTO SINDICAL – VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR.


IMPOSTO SINDICAL – VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR.

"O imposto sindical foi criado em 1931 durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas. Desde então vem sendo cobrado de forma compulsória de todos os empregados, sendo ou não sindicalizados. Se houvesse democracia interna nos sindicatos o dinheiro poderia ser utilizado em benefício da categoria, mas não é isto que sempre acontece".


CONHEÇA A HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL E DÊ SUA OPINIÃO A RESPEITO.

http:
www.textolivre.com.br/artigos/16994-sindicato-dos-empregados-historia

FONTE:
Publicado por
Nicéas Romeo Zanchett
em 27 maio 2009 às 16:47
NO PORTAL LUIS NASSIF